Série A Seleção – Kiera Cass
(Foto: Divulgação)
Conheça a história de um país jovem e a escolha de sua nova princesa
Escrever sobre a série A Seleção é bem importante para nós
aqui do blog. Estes livros, de certa forma, representam a primeira ideia desse
espaço. Até então, nós três líamos muito sim, mas separadas, conversando ás
vezes. Foi com A Seleção e todos os seus livros posteriores, que começamos
nosso “clubinho de leitura” e demos origem ao Última Página.
A Seleção é uma série de livros de Kiera Cass que conta a história de
Illéa, um país recente, formado depois que os Estados Unidos deixaram de
existir. Neste lugar, as pessoas são separadas por castas (Jogos Vorazes, oi!)
de acordo com seu poder aquisitivo e seu lugar no mundo: trabalhadores,
músicos, realeza, e por aí vai.
Nesse lugar conhecemos America Singer, uma jovem da casta
Cinco que tem um dom especial para a música e sonhos de qualquer garota: ajudar
os pais, ajudar os irmãos e se casar com Aspen, por quem é apaixonada.
Esse futuro simples e feliz é ameaçado quando começa A
Seleção: uma disputa entre 35 garotas para decidir quem vai se casar com o
príncipe Maxon e ser a princesa e futura rainha. Essa é uma tradição de Illéa:
a própria rainha Amberly foi escolhida em uma Seleção pelo rei Clarkson. Então,
agora que Maxon está completando a maioridade, é hora de começar um novo
reality show, onde as jovens são levadas para o castelo e lá precisam
conquistar o coração dele.
Por mais que pareça algo frio, há uma ideia na Seleção de
aproximar a realeza das castas mais baixas, já que é costume escolher inscritas
de locais diferentes, e também de usar o show para acalmar os ânimos de Illéa,
que fez ou outra tem alguma revolta por ser um país tão recente.
Apesar de não querer a nenhum custo ser a princesa, America
é inscrita pela mãe e acaba selecionada. Em poucos dias, sua vida vira de
cabeça para baixo: um futuro casamento com Aspen fica distante, ela vai
precisar se afastar da família e o país inteiro passará a conhecê-la.
O primeiro livro tem um foco muito grande na disputa, na
adaptação de America e também no príncipe Maxon e sua família. A garota conhece
um mundo muito diferente dentro do castelo e também tem a oportunidade de
ajudar os pais: enquanto estiver lá, eles recebem uma espécie de pensão.
Mas não pensem que não há romance nessa história: com seu
jeito sincero de ser, America se aproxima de Maxon e desperta sentimentos nele.
Mais do que isso, ela própria começa a ficar dividida entre o príncipe e Aspen.
(Foto: Editora Seguinte)
O segundo livro, A Elite, deixa a disputa ainda mais
acirrada e America, agora já consciente que gosta de Maxon, começa a perceber
que aceitar ficar com ele também traz uma grande responsabilidade, de governar
um país futuramente. Outras histórias, principalmente sobre a origem de Illéa e
suas constantes revoltas, surgem e nos fazem entender tudo melhor. Também
sabemos mais sobre a família real e os desafios que Maxon enfrenta todos os
dias como o futuro governante.
Claramente, Kiera subiu um níveo com A Elite, mas ela
guardou o melhor de tudo para A Escolha, livro que encerra essa trilogia. A
disputa está terminando, Maxon precisa eleger sua escolhida (a-há) e America
precisa decidir o que o seu coração quer.
Além disso, os dois acabam descobrindo mais sobre a história
de Illéa e isso afeta profundamente a fora como Maxon começa a olhar para seu
futuro reinado: ele quer ser alguém melhor do que o pai e corrigir algumas
injustiças que ficaram pelo caminho.
No entanto, nada na história de A Seleção nos preparou para
o clímax do último livro. Depois de tantas páginas escrevendo sobre amor e
sentimentos, Kiera dá vazão à violência e os últimos capítulos de A Escolha
podem fazer você chorar, ou pelo menos ficar com vontade.
A autora não tem medo de mostrar para nós, seu público, as
consequências de uma sociedade que não tem firmeza em seus governantes, que não
tem firmeza em sua história. Em uma realidade dessas, tudo fica instável e
vemos nossos protagonistas correndo um perigo real.
Kiera conseguiu, na mesma obra, balancear os sentimentos de
uma jovem com a dureza de um sistema político jovem. Conseguiu nos encantar com
a história de amor de Maxon e America, e também nos fazer pensar que nunca,
jamais, devemos deixar nossa sociedade chegar a um nível de dividir as pessoas
por castas (pelo menos não abertamente).
Posteriormente, Kiera nos presenteou com Felizes Para
Sempre, uma coletânea de contos narrados pelo ponto de vista de vários
personagens. É um material rico, que nos mostra detalhes da história e também
mostra o talento da autora em escrever de acordo com personagens tão
diferentes.
(Foto: Editora Seguinte)
A história de America e Maxon, no entanto, não termina aqui.
Depois de algum tempo, Kiera Cass escreveu A Coroa e A Herdeira, dois livros
que contam o futuro desses personagens. A própria sinopse deles contém
spoilers, então não vou revelar nada aqui. Só posso dizer que em breve eles
também terão uma resenha aqui no blog.
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