De início, é bom
adiantar que essa não é uma leitura fácil - a história é extremamente pesada,
de uma forma que chega a deixar a leitura angustiante. No entanto, é
importante esclarecer que esse não é um defeito do livro.
Livros sobre a segunda guerra não foram feitos para nos deixar mais felizes -
essa foi uma época desumana em diversos aspectos, e romantizar isso seria uma
forma de desrespeito com as vítimas. Porém, não lembro de nenhum
outro livro que tenha me deixado tão sufocada. Todo mundo tem algumas
informações perdidas sobre o que acontecia com as pessoas "incomuns"
nos chamados zoológicos, mas ler isso sob o ponto de vista de crianças... É
destrutivo.
Stasha e Pearl
me despertaram dois sentimentos bem distintos. 1º admiração imensa pela relação
de uma com a outra - fantasiosa ou não, a ligação entre as duas é mágica.
Porém, para cada vez que a relação das duas me fazia sorrir, meu coração era
esmagado pelo menos três vezes pelas crueldades praticadas contra elas. Senti
falta de conhecer mais detalhes sobre a vida e o desfecho de alguns
personagens, como Peter e a Dra. Miri, mas entendo que esse não era o foco real
da história.
A forma com que a
crueldade é retratada nessas páginas é destrutiva e dá uma sensação terrível de
impotência por sabermos que não temos como mudar aquilo que aconteceu. É
uma leitura mais do que recomendada, mas já adianto: precisa ter estômago.
Esse
livro foi tão bom que eu não sei por onde começar a elogiá-lo. A trama é
completamente original, com um mundo onde a violência gera a criação de
monstros, que acabam aterrorizando a cidade onde os protagonistas moram.
Não espere muito romance, já que a trama realmente foca no aspecto político da
cidade e no desenvolvimento do mundo. Porém, se você é fã de muita ação,
reviravoltas, algumas cenas de suspense e uma interação brilhante entre os
protagonistas, não perca a chance de conhecer essa história incrível. A autora se esforçou para demonstrar que as linhas entre o branco e o preto são
borradas e difíceis de distinguir, e que nem tudo é o que parece ser no
primeiro momento.
August e Kate não poderiam vir de mundos e famílias mais diferentes ou ter objetivos
mais distintos, porém ainda assim (ou talvez justamente por isso) as cenas
em que eles estavam juntos eram absolutamente brilhantes. August é um
"monstro humano", um sunai que foi criado da violência e é capaz de
matar os humanos com a música que cria em seu violino. Entretanto, apesar de
não ser realmente humano, August tem desejos, medos e necessidades muito
humanas. Senti como se o protagonista fosse um pouco inocente, protegido dos
horrores do mundo por seu "pai", e isso acabou tornando-o uma pessoa
boa no fundo.
Kate é o completo oposto de August. Cruel, independente, sempre sob controle,
Kate parece conseguir prever o que acontecerá de modo a estar sempre três
passos a frente das outras pessoas. Apesar de ter muito poder, e de ter a opção
de viver longe de uma cidade controlada por monstros, o maior desejo de Kate é
se provar para seu pai e assumir os "negócios da família",
controlando os monstros que controlam a cidade. O mais estranho é que Kate pode
parecer uma pessoa suicida, mas a autora consegue fazer com que as motivações
dela façam todo o sentido.
Você não adora quando o autor consegue desenvolver muito bem os protagonistas e
mesmo assim encontrar espaço para mostrar os outros personagens carismáticos?
Os dois sunais que são irmãos de August foram meus favoritos, completamente
diferentes e ainda assim aterrorizantes, cada um de sua maneira. O pai de Kate
não conseguiu me convencer de sua maldade, porque era possível ver o pai
preocupado por traz do homem poderoso.
Minha parte favorita do livro provavelmente foi que nenhum personagem era
totalmente mal ou bom, todos tinham suas motivações e, quer o leitor
concordasse com elas ou não, faziam todo o sentido.Eu já
esperava que fosse muito bom, mas foi melhor. Honestamente vi pouquíssimos
defeitos nesse livro e não consigo lembrar de uma situação em que não estivesse
completamente envolvida na trama. Só me resta aguardar o próximo.
Aos dezessete anos
de idade, Gwen passa seus dias entediada. O
trabalho diplomático de seu pai finalmente os
levou de volta a Nova York, e ela agora frequenta uma
escola para jovens"financeiramente dotados". Quando sua vida
começa a tecer um tom de normalidade, o pai de Gwen viaja a negócios e
desaparece misteriosamente em Paris, sozinha e amedrontada ela
descobre as mentiras acerca do trabalho de seu progenitor e contra todas
as expectativas e bom senso, ela foge do país para procurá-lo.
Gwendolyn Bloom é realista, sua construção como personagem na verdade. Estava
esperando que o autor concretizasse uma personagem "Rambo
Girl", mas ela cresce e amadurece de acordo com a trama.
Inicialmente Gwen já não apresenta um comportamento muito comum, solitária e mais
introvertida que o normal, tem sua personalidade muito afetada pela morte da
mãe e a constante mudança que é forçada a se submeter por causa do
trabalho de seu pai. Impelida pela situação ela descobre dentre de si uma
ousadia e crueldade dormentes que crescem enquanto a
protagonista amadurece e submerge ainda mais no mundo obscuro do crime.
Apesar de não ser totalmente cativante, Gwen me fez desenvolver uma preocupação
fraternal por ela, o que tornava a leitura confortável e
emocionante.
Não foi uma
surpresa enorme, mas ainda assim foi uma surpresa muito agradável. Eu esperava
uma trama mais pobre, com uma má composição e uma personagem superestimada
e fantasiosa. O livro é criativo e a escrita é espetacular; Claro que Gwen têm
um pouco mais de sorte do que qualquer um nessa mesma situação,
mas tudo têm nexo e vertente para explicações plausíveis. O
melhor é que o livro têm uma continuação, e estou curiosa para saber se o
autor conseguirá manter a qualidade e a minha atenção.
Em
uma pequena cidade situada no norte do Maine, um forte laço
de amizade se forma quando quatro crianças - Beaver, Pete,
Jonesy e Henry - salvam Duddits - que sofria torturas e espancamentos - de
um grupo de adolescentes. Apesar da infância inesquecível o grupo se
afasta conforme vai crescendo, vivendo suas vidas na não tão pacata
cidade, que costuma ser lembrada pelos vários casos de
desaparecimento de crianças (hum....isso soa familiar?? Pois é... Agora a parte
que não importa como eu escreva não fica muito interessante).
Quando chega a data do encontro anual dogrupo de amigos, eles
descobrem que alienígenas irão invadir a Terra, e que
somente eles e principalmente Duds, poderão salvá-la.
A união
dos protagonistas é palpável, enfatizada pela habilidade de
telepatia oferecida por Duddits ao grupo. A primeira parte do livro
nos delicia com a interação dos amigos, em uma leitura mais arrastada. Não
há como explicar muito mais sem dar spoilers, a única certeza que você precisa
ter, é que Duds não é como as outras pessoas.
Ok,
vamos por partes... Eu fui uma criança estranha, em vários sentidos,
principalmente no gosto pela sétima arte; e isso só foi se aumentando ao longo
dos anos, um dos meus filmes preferidos aos treze anos
era "O Apanhador de Sonhos -
e exatamente por isso minha opinião é complexa. Eu amo o cerne
da história, os alienígenas, a invasão, as fuinhas, a amizade e a
bizarrice, mas algo na
condução de King no livro não me conquistou.
Talvez o autor tenha se perdido no crescente da
história (aparentemente ele a escreveu pós um acidente de carro
que protagonizou no mesmo local), não consigo dizer que foi decepcionante
ou que ele não soube aproveitar a temática e os personagens que criou, mas
o conjunto da obra não é classificado como bom tampouco. Vamos
concluir que eu Amei e indico - mas que ele precisa ser digerido... Como
comer uma feijoada bem gorda no meio do verão.
Você
conhece aquela frase "não sei falar, só sei sentir"? Pois bem, esse
livro foi totalmente diferente do que eu esperava. Eu pensei que seria um livro
engraçadinho e leve, já que se trata de algo com um ar infanto juvenil.
Entretanto, é um livro extremamente profundo e até um pouquinho sombrio, o que
não quer dizer que não pode ser lido por crianças.
Emmaline, nossa protagonista, vive em um hospital com várias outras crianças.
Aos pouquinhos, por detalhes aqui e ali como aviões e bombardeios que vão sendo
mencionados, você compreende que tudo se passa na Segunda Guerra Mundial. Além
disso, Emmaline e as outras crianças tem "águas paradas", a versão da
garota de tuberculose. O mais legal, porém, é que isso tudo é contado do ponto
de vista de uma criança, então não é nada tão triste que vai te fazer molhar as
páginas com suas lágrimas.
Emmaline é a única que consegue ver os cavalos alados que moram dentro dos
espelhos, até que um dos cavalos aparece no jardim e a protagonista é a única
corajosa o suficiente para escalar o muro e cuidar da nova amiga. É encantador
ver como a garota lida com as coisas e sim, infelizmente às vezes é de cortar o
coração, mas adorei a leitura.
Emmaline
é uma menina muito inteligente. Ela consegue encontrar esconderijos e passagens
especiais para se locomover escondida e, por causa disso, acaba indo a vários
locais onde os outros não vão, como o jardim. Além disso, a protagonista é uma
criança curiosa, destemida e muito criativa, tanto que ela adora desenhar.
Como a autora utiliza essa visão infantil para mostrar diversos fatos
importantes na trama, às vezes é preciso estar atento ao significado por traz
das palavras da garotinha, porém ela é uma protagonista formidável.
As
outras crianças de Briar Hill não me pareciam particularmente cativantes para
ser honesta, gostei mais dos adultos. Ainda assim, todos os personagens
receberam um espacinho, até as crianças chatinhas, e gostei de como a autora
não tentou "embelezar" os personagens com históricos maravilhosos ou
características peculiares. São pessoas tentando sobreviver e, mais que isso,
viver.
Eu
adorei o ar de fantasia que traz um toque de realidade oculta, especialmente
do ponto de vista de uma criança. É uma leitura rápida e leve, e um livro que
pode sim ser lido pelos mais jovens, porém acredito que os adultos vão
aproveitá-lo ainda mais.
Nora Kane achou a
perfeição em meio ao caos. Desiludida e solitária ela travava uma
guerra silenciosa com sua família e o meio ambiente escolar. Ao conseguir
uma bolsa integral, por seu amplo conhecimento em Latim, Nora passa a
estudar na academia Chapman - escola muito conceituada em uma
cidade de mesmo nome localizada na Nova Inglaterra. No novo colégio, Nora
conhece Cris, Adriane e Max, e a vida volta a ser significativa,
mesmo que com pequenos detalhes obscuros. Em seu último ano, a pedido de
Chris (agora já na faculdade), ela se envolve em um projeto de
linguística que busca descobrir e traduzir o Manuscrito Voynich através
das cartas de Edward Kelley e Elisabeth Weston, e é quando Nora se aproxima de Max - o
estranho colega de quarto de Chris. A felicidade atinge o ápice
quando o envolvimento se torna amoroso, o trabalho uma paixão, e é exatamente
neste ponto onde tudo desmorona, começando pelo assassinato de Chris.
Meu interesse inicial por esse livro era a sua
semelhança com a coleção de "suspense-histórico" de Dan
Brown, apesar da trama relativamente juvenil, ela têm um ótimo
desenvolvimento, guardando algumas surpresas (um pouco óbvias e outras nem
tanto), e tornando o livro e a autora muito promissores.
Nora é uma personagem palatável
- explicando através de comida (por que essa é
sempre o melhor tipo de metáfora), é como comer algo gostoso que
provoca várias sensações agradáveis e estranhas na boca, mas que não sabemos ao
certo se gostamos e ou queremos repetir a dose. Introvertida,
irônica, ácida e temperamental ela guarda um tipo de
doçura incompreensível, delicada, triste, mal compreendida e solitária ela
me parecia ter uma dupla personalidade mesclada, foi um
dos pouquíssimos casos, onde um autor conseguiu me convencer da
dualidade de uma personagem de forma completa e realista, sem parecer forçado,
estereotipado, ou alegórico. Suas atitudes durante o livro, ações e
sentimentos, apresentavam previsibilidade, mas que não deixou de
surpreender, é difícil explicar sem entendê-la de fato, e sem
apresentar spoilers.
Chris, que se torna praticamente um talismã
durante a trama, é a personagem mais desinteressante e comum, e apesar dos
grandes sentimentos de Nora por ele, ela apresenta tantas relações
intrincadas durante a trama, que a história dele, apesar de nos
entristecer, não cativa. Adriane, Max e Eli são igualmente
extraordinários e multifacetados - como nossa protagonista. Não posso
revelar muito sobre eles, só comentar que Robin ganhou minha admiração por
formação de personagens intrincados (não tão profundos), mas muito
interessantes.
Foi uma surpresa
deliciosa, superou minhas expectativas apesar de
não explodi-las. A trama é bem criativa e distribuída, reunindo
elementos históricos reais, romance, ação, suspense e drama de forma
congruente e interessante. A comparação com Dan Brown faz
sentido, mas apesar de se tratar de gêneros relativamente parecidos, os
objetivos e relações da trama são diferentes e isso muda totalmente o
livro. Para os leitores, a apreciação depende muito do seu
próprio objetivo ao ler o livro e é muito provável que O
Livro de Sangue e Sombra gere opiniões extremas (o velho 8 ou
80).
Em minha opinião, como leitora ávida de Dan Brown, o livro é
ótimo mas com ressalvas - por ex, a
finalização, não o final da trama em si - ela
foi concluída, mas a sensação geral (nossa e da protagonista) é
de uma leveza incomoda, liberdade forçada? Não sei, estou divagando,
alguém que já leu sentiu o mesmo que eu?Que a história não terminou de
fato, mas que deixamos de participar dela e que a situação geral dos
personagens a partir dalí era um mistério? De qualquer forma a autora tem
minha atenção! Me diverti, senti e vivi o sonho dela nesse livro, e
isso é tudo o que importa.
Sabe quando você tem que falar a respeito de algo mas parece que todas as
palavras que conhecemos não são capazes de descrever com exatidão o que
gostaria de transmitir?
No momento em que soube que a Editora Paulinas (nossa parceira) lançou
uma campanha para celebrar o mês da Bíblia fiquei imensamente feliz! Afinal de
contas, este foi o primeiro livro que comecei a ler e que me acompanha até hoje
diariamente.
Não, não estou aqui para resenhar a Bíblia, até porque isso demoraria
tempo demais rsrs’ afinal, um livro que demorou mais de 1500 anos para ser
escrito, por dezenas de autores que mesmo sem se conhecerem fisicamente, conseguiram
transmitir um único Espirito que é lido diariamente por milhares de pessoas em
seus mais diversos dialetos das mais diferentes culturas.
(Foto: Blog Última Página)
E para comemorar este mês, a Paulinas apresentou diversas edições
especiais, dá só uma olhada em algumas delas:
A Bíblia – Salmos e a Bíblia – Salmos (bolso): Os salmos atendem as
diversas religiões. Realizada a partir da língua original (hebraico) pelo
biblista Matthias Grenzer, essa tradução apresenta a oração dos Salmos com uma
linguagem fluente, enriquecida de abundantes notas de rodapé que ajudam e
facilitam a compreensão do texto.
Essa tradução recebeu o imprimatur da Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil (CNBB).
A Bíblia – Novo Testamento e A Bíblia – Novo Testamento (bolso): para
essa edição especial, a Paulinas Editora juntou um grupo de especialistas na
área da Exegese Bíblia, a fim de realizar os trabalhos de tradução da Bíblia
com a maior competência possível. Cada tradutor teve a tarefa de, além de
traduzir determinado texto, tornar-se responsável por um conjunto de
explicações. Dessa forma, para auxiliar a compreensão do texto bíblico, foram
elaboradas Introduções e Notas Explicativas.
Entre outras características, esta edição conta com ilustrações de
Claudio Pastro, elaboradas especialmente para esta Bíblia, convidam, de um modo
especial, à contemplação dos escritos bíblicos e das verdades veiculadas por
eles.
A Bíblia – Evangelhos (bolso) – Esta edição em formato pequeno e
portátil, tem como objetivo facilitar a sua leitura em qualquer momento do dia,
fazendo dos Evangelhos um companheiro inseparável. Trata-se do trabalho de um
grupo de exegetas altamente qualificado que buscou transmitir de forma exata e
fluente o que os autores do Novo Testamento escreveram em grego a partir do
primeiro século.
A Paulinas nos enviou essa edição de presente e ela realmente
está incrível, pois apesar de ser pequena (bem menor que um aparelho celular)
mas apesar do tamanho a letra é ótima e de fácil leitura. Então se você tem
medo de adquirir edições de bolso pela possibilidade da letra ser pequena
demais, fique tranquilo pois com a Paulinas você não terá este problema!
PS.: Este texto possui trechos encaminhados ao Blog pela Editora Paulinas.
Eu adorei a trama! Apesar de um pouquinho previsível, a trama
consegue fugir levemente do padrão, considerando que há pouquíssimo (ou nenhum)
romance e o foco realmente é a política e a guerra entre reinos e entre duas
rainhas poderosas. Além disso, gostei bastante que não havia menção alguma aos
homens da realeza, realmente eram as rainhas que comandavam tudo.
Quanto à trama em si, o leitor
acompanha a trajetória de Kelsea, uma jovem de dezenove anos, que finalmente
atinge idade suficiente para liderar seu reino. Talvez não seja a opção mais
inteligente, mas Kelsea faz escolhas com o coração, sempre se sacrificando em
prol de seus súditos, e eu gostei muito da maneira como a autora abordou a
trama.
Quando se trata de protagonistas mulheres, geralmente elas estão divididas
entre as meninas lindas que não sabem que são lindas e as lindas que
sabem - e são extremamente confiantes por isso. Kelsea, por outro lado, é
repleta de inseguranças por estar um pouco acima do peso e de fato não chama a
atenção de todos os homens ao seu redor com sua beleza. Apesar de ser monótono
ter que ouvir sobre as inseguranças da protagonista, adorei a maneira como ela
conseguiu demonstrar as diversas habilidades que adquiriu ao longo dos
anos. Ainda, apesar de não ser a pessoa mais sábia, Kelsea geralmente
tomava boas decisões, tinha confiança em suas escolhas, sem falar em um
espírito de aventura extremamente divertido.
Como uma rainha, a protagonista tinha sua própria guarda, composta por cerca de
nove homens cuja função era protegê-la com a vida. Meu favorito foi Clava, que
parecia extremamente rude no início, porém provou ser um amigo legal. Ainda, o
misterioso Fetch me deixou intrigada e espero que tenha um papel maior em
breve. Diversas mulheres fortes e interessantes surgiram na
trama, como A Rainha Vermelha, soberana de uma nação ao lado do Tearling,
que ameaçava conquistar a tudo e a todos.
É uma fantasia/distopia um
pouco diferente do comum, então é ótima se você está ficando cansado da
trama de sempre. Ainda, estive lendo algumas críticas e parece um daqueles
livros "ame ou odeie", então não recomendo se você é um leitor mais
exigente e se incomoda com detalhes, porém em geral é um ótimo livro e eu
definitivamente estou na turma do "ame"!
Esse livro começa
um pouco depois dos últimos eventos de A Rebelde do Deserto, o que pode
ser confuso por um momento, mas depois a imersão na história é
inevitável. Eu consegui me conectar mais à história e aos personagens
nesse volume, e fiquei tão presa às páginas que era difícil pausar a leitura,
mesmo que eu quisesse salvá-la para durar mais um pouquinho. Após ser traída
por alguém que achava poder confiar, Amani é vendida para o sultão e finalmente
tem a chance de conhecer um pouco melhor o governante de Miraji. A ameaça dos
rebeldes está crescendo cada vez mais, o que coloca a todos em estado de
alerta, além de adquirir mais alguns simpatizantes da causa. No primeiro volume
eu havia achado que a autora pecou um pouco na construção do mundo e no sistema
de magia, mas aqui ela conseguiu deixar tudo mais interessante e visual,
desenvolvendo melhor as questões sobre os demjis e os djinis, além
de explorar mais o lado político da trama, o que deixou tudo ainda mais
interessante. Pode até parecer que, lá pelo meio, o livro fica um pouco parado
de mais, mas isso vale a pena pelo desenvolvimento da história. O final
foi de tirar o fôlego e me deixou muito ansiosa pelo próximo volume.
Amani é aquela garota que faria
tudo pelos que ama e, principalmente, pela causa rebelde, incluindo arriscar a
própria vida. Ela é uma ótima protagonista para essa história, forte
e corajosa, uma evolução mais madura da menina do primeiro livro. Eu gosto
bastante de seu relacionamento com Jin, eles trabalham bem juntos e seus momentos
românticos não são de dar diabetes, apesar de, ainda assim, eles decidirem se
beijar em momentos inoportunos (como, por exemplo, enquanto estão sendo
perseguidos por alguém que quer os matar). Shazad é das minhas
favoritas! Ela engana com seu rostinho bonito e status social, mas é uma
guerreira e estrategista maravilhosa e uma ótima amiga. Ahmed, o príncipe
rebelde, ainda está um pouco apagado, na minha opinião. Ele é o grande causador
da rebelião, mas na maior parte do tempo sinto como se ele fosse um personagem
qualquer. Gostei bastante de alguns dos novos personagens introduzidos, como
Sam e Rahim, eles se ajustaram perfeitamente ao grupo. E o sultão é um homem
que consegue enganar com suas frases bem planejadas e manipuladoras, porém teve
ótimos diálogos com Amani.
Esse livro conseguiu me deixar
mais animada e envolvida com a história e os personagens, muitas coisas
interessantes aconteceram e agora a guerra entre os rebeldes e o sultão está
cada vez mais próxima. Se você ainda não começou a ler essa trilogia, recomendo
bastante para quem gosta de fantasia. Se já leu o primeiro livro (aqui), não espere
muito para pegar o segundo, porque vale muito a pena.
Tem alguns
meses que a sinopse de Caraval me deixou morrendo de curiosidade em saber como
se desenrolaria essa história, mas aqui temos aquele caso clássico de expectativa
vs. realidade. Apesar da premissa interessante, a trama é pobre em nuances
e tenta se sustentar num romance instalove que você já previu desde o início do
livro. Tudo se passa em um universo fantástico mal desenvolvido e explorado,
com um sistema de magia confuso em que ninguém sabe nada sobre nada. O próprio
Caraval, que é um tipo de jogo de caça ao tesouro, é mal planejado pela autora,
onde as pistas que deveriam ser dificílimas de achar caem de paraquedas no colo
da protagonista. Sem contar que você tem um vislumbre dos outros competidores
apenas no primeiro dia, porque depois todos eles somem da história do nada,
pareceu que só a Scarlett e o Julian estavam competindo no Caraval.
E aquele final super anti-climático está para entrar na lista dos piores finais
de livros que eu já li. O que poderia ser um final até corajoso e interessante
vira uma cafonice idiota, a explicação de tudo é chocha, e você percebe que
passou raiva o livro inteiro para - pausa dramática - nada. Nem o
cliffhanger consegue dar vontade de ler o próximo livro.
Scarlett não é
tão ruim no início, mas aos poucos ela vai se mostrando ser aquela personagem
que você tem vontade de sacudir pelos ombros e perguntar: "cara, você é
burra?". Foi difícil não revirar os olhos todas as vezes que ela falava
que precisava voltar para o seu casamento com o conde e sempre que ela tomava
alguma decisão idiota (e não foram poucas vezes). Além dela ser aquela
personagem que esquece até o próprio nome quando vê um cara sem camisa. Tella
era a última coisa que passava pela cabeça de Scarlett sempre que ela via o
tanquinho do Julian. Sua habilidade de ver emoções através de cores não tem
serventia nenhuma pra história, outra aspecto mal feito jogado no meio de tudo.
Falando em Julian, ele é aquele cara feito para ser o crush dos leitores, mas
tenho certeza que você já viu Julians iguais em outros zilhões de livros por
aí, então acaba sendo imune aos encantos dele e só quer que aquele instalove
acabe logo. Logo no início da história eu já queria que Tella fosse a
protagonista, porque ela era mais irreverente, segura de si, aventureira, mas
já adianto que até ela a autora conseguiu estragar no final das contas. Sem
comentários para o pai das meninas e o conde com quem Scarlett iria se casar,
tudo aquilo foi uó.
Para não ser totalmente negativa
com a história, devo dizer que ela pelo menos conseguiu me manter
interessada o suficiente para ler até o final, mesmo assim só porque eu queria
saber mesmo como aquela trama mal feita iria terminar. Eu queria ter gostado
desse livro, mas é impossível levar a sério uma história que não me entrega
nada do que havia prometido e ainda acaba se desconstruindo no fim das contas.
Eu gostei
bastante do livro, mas ele poderia ter sido mais do que realmente foi.
Senti que a autora ficou com um pouco de medo de construir o mundo, porque
apesar de alguns momentos de magia, do deserto e tal, eu não senti que
estava lendo uma história baseada na cultura árabe, parecia mais aquelas
histórias do velho oeste, com muito tiroteio e alguns aspectos steampunk. Além
disso, foi um pouco difícil me conectar com a história e os personagens no
início, mas ambos vão tomando forma ao longo do livro e acabei gostando. O
livro só me mostrou para o que veio lá no final, quando somos apresentados ao
universo mágico dessa história, com filhos de djinnis que mudam de forma,
causam ilusões e várias outras coisas legais. Mesmo assim, o final foi um pouco
apressado, mas deu um gostinho do que tudo pode vir a se tornar.
Tudo o que Amani quer é fugir da casa do tio, onde nunca foi bem-vinda. Ela
sabe que é uma atiradora excelente e se daria muito bem sozinha, se não vivesse
em um mundo extremamente machista. Demorei um pouco para gostar dela realmente,
mas aos poucos ela foi ganhando mais minha simpatia e me fez torcer para que
conseguisse se safar de várias situações em que se metia. É bem teimosa, mas
também forte, ainda começando a mostrar todo o seu potencial.
Jin é aquele personagem feito
para nos apaixonarmos. Só não gostei do clichê do início, quando a autora faz
Amani descrevê-lo como sendo fisicamente maravilhoso, daquele jeito que nos
últimos tempos só me faz revirar os olhos. Mas pelo menos não temos um insta-love,
a confiança dos dois um no outro vai crescendo aos poucos. Os dois têm momentos
bem divertidos juntos. Gostei bastante de Shazad também, uma personagem que
aparece mais para a frente na história. Em poucas páginas ela demonstrou
ser uma boa amiga e uma grande guerreira. O livro tem vários outros
personagens, mas eles cabem naquilo que sempre digo: é melhor vocês os
conhecerem quando ler, porque qualquer coisa que eu disser pode ser
spoiler.
A história tem bastante
potencial e eu espero realmente que a autora consiga consertar alguns furos na
sequência. Os acontecimentos do final me deixaram bem curiosa para saber o que
vem a seguir.
Baseado no
roteiro do filme de mesmo nome, Valerie é a ovelha negra de seu povoado.
Enquanto as moças aprendem a cozinhar e cuidar dos maridos, Valerie não
consegue se imaginar em uma vida doméstica, principalmente por cozinhar mal.
Separada de seu melhor amigo de infância, Valerie cresceu sozinha, morando num
vilarejo assombrando por um Lobo que ninguém conhece muito bem, só sabem que
nunca podem se esquecer de deixar a oferenda, principalmente em dias de Lua de
Sangue. Até que algo trágico acontece e todos queixam que o acordo com o Lobo
não é mais confiável.
Valerie é a protagonista, mas a
autora muda o foco para outras cenas, mesmo que ela não apareça. Valerie é
diferente de todos e em certos momentos acha que nasceu no lugar errado, pois
simplesmente não se enquadra. Enquanto todos aceitam a submissão imposta,
Valerie não acha justo, e isso a faz alvo de muitas fofocas. Ela tem muita
força de vontade, tenta ser firme e determinada, embora tenha que aturar
comparações, incluindo dos pais, com sua irmã caçula perfeita.
Peter era o melhor amigo de
Valerie até ter de viajar com o pai e só volta quando está quase adulto, por
isso não consegui conhecê-lo muito bem e apesar de ser muito importante na
história, o mais próximo que chegamos dele são as lembranças de Valerie e
algumas poucas cenas. Henry foi um personagem bem vago para mim, pois
atrapalhou em certos pontos e meu sentimento por ele foi de raiva no início à
pena no final. Father Solomon me enganou muito! Eu pensei que ele fosse à
salvação de todos os problemas, embora tenha contribuído com informações valiosas.
Há várias garotas 'amigas' de Valerie e o única coisa que gostei nelas foi a
personalidade definida de cada uma.
O livro é bonito e a história
me instigou muito até chegar ao final, que a propósito, não está no livro! Na
última página aparece um URL e é lá que conta quem é o Lobo e o que acontece
com os principais. Não é uma história ruim e eu achei um tanto "gótico
disfarçado de chapeuzinho vermelho" e cheguei a um ponto onde o único
detalhe interessante era descobrir quem era o Lobo e só.
Christine sofreu
um grande trauma, e isso acabou tornando-a amnésica. Além de não conseguir
fixar memórias recentes, há uma lacuna de vários anos, anteriores ao acidente,
dos quais ela não consegue se lembrar. A cada dia ela precisa que Ben, seu
marido, explique o que aconteceu com sua vida. No entanto, cansada de sua
situação e sem que seu marido saiba, ela começa a ver um médico que a aconselha
a escrever um diário. Todos as manhãs Christine lê o diário. Todas as noites
ela escreve o que aconteceu naquele dia. Até que se depara com essas quatro
palavras: "Não confie em Ben". Mas como não confiar na única pessoa
que está ali por ela?
Christine está perto dos 50
anos, porém, pela falta de memória, e apesar do reflexo no espelho, ela se
imagina no auge de seus 20 anos. Isso me incomodou um pouco, mas considerando
que a personagem é amnésica, é um fato que pode-se relevar. De resto, ela é
confusa, insegura, e tudo o mais que pode-se esperar, mais uma vez, de uma
personagem com essa doença. Não vou dizer que não gostei, ela apenas não
me conquistou.
Ben, marido de Christine, é um
personagem criado para ser o suspeito. Desde o início ele parece esconder
alguma coisa. E o fato de o texto na contra capa já revelar que ela não deve
confiar nele, não contribui para que o desfecho do livro seja surpreendente.
Dr. Nash foi o personagem de quem mais gostei (e isso não tem nada a ver com
minha fixação por médicos, ok?). Ele estava lá para ajudar Christine a
descobrir a verdade sobre o que lhe aconteceu. Sem mentiras e sem
confusões, é o personagem mais concreto da trama.
O livro não é dos melhores, mas
é extremamente envolvente, tanto que o li em duas noites e gostei muito. Não é
perfeito, apenas isso. Acho que para um livro de estréia ele é ótimo. Os
personagens pouco cativantes são perfeitamente "perdoáveis". Acredito
que o maior problema mesmo, é que as coisas se resolveram muito rápido no fim,
e o livro acaba meio "do nada", deixando o leitor curioso para uma
continuação que não existe.
No mundo de Jason
Dessen, ele é um professor de física numa faculdade, talvez um pouco frustrado,
mas que não se arrepende das decisões que tomou para ficar com sua esposa e
filho. Numa noite, voltando de um bar, Jason é sequestrado, levado para um
galpão abandonado e deixado inconsciente para acordar rodeado de pessoas que
ele não conhece, em um lugar em que ele nunca esteve. Mas todos parecem
conhecê-lo e estarem ansiosos por sua volta. Aos poucos, ele descobre que para
aquelas pessoas ele é Jason Dessen, gênio da física quântica e responsável por
uma das maiores descobertas da humanidade. Agora tudo o que Jason quer é
encontrar uma forma de voltar para casa e para sua família, mesmo que isso
pareça impossível quando ele descobre que esse pode nem ser o seu mundo.
Matéria Escura é um livro muito esquisito e muito bom! Desde o início
da leitura, tudo o que você quer fazer é continuar lendo para saber o que está
acontecendo. É uma história que prende o leitor e faz com que ele se
divirta apenas criando teorias sobre o que está acontecendo enquanto lê. E
quando finalmente conseguimos colocar as peças juntas, tudo fica ainda
melhor! Mesmo sendo um livro com muita coisa sobre física quântica, é bem
simples acompanhar a história, já que o autor se preocupou em explicar essas
coisas para todos nós que não entendemos nada do assunto. Acaba sendo tudo
muito interessante e também um pouco assustador imaginar todas aquelas
possibilidades. Os acontecimentos finais são do tipo que deveriam ser
previsíveis, mas que acabaram me pegando completamente de surpresa, e foi
uma loucura maravilhosa acompanhar tudo.
É fascinante acompanhar a
jornada de Jason. Apesar dos elementos de ficção-científica e até mesmo
thriller, o livro nada mais é do que a busca de um homem por sua família, e ele
faria de tudo para tê-los de volta. Toda essa determinação de Jason foi
crucial para deixar a história ainda mais envolvente, porque o envolvimento
emocional do leitor com o que está acontecendo é o que faz a experiência de
leitura valer a pena no final das contas. Amanda também é uma personagem bem
interessante que conhecemos ao longo do caminho, que me deixou um pouco
desconfiada no início, mas foi ganhando minha simpatia aos poucos.
Apesar de serem a grande motivação do desenvolvimento da história, não ficamos
sabendo muito a fundo sobre Daniela e Charlie, esposa e filho de Jason. Sabemos
que ela também abriu mão de sua carreira como pintora para cuidar do filho, e
que eles têm uma ótima relação, mas ainda faltou algo que fizesse com que eu me
importasse diretamente com eles, não apenas com a questão de Jason querer
encontrá-los.
Esse é um livro estranho, que
vai virar sua cabeça enquanto lê, te deixar entusiasmado com a história que
está se desenvolvendo e até fazer com que você queime alguns neurônios, mas
isso é uma coisa boa. Se você gosta de ficção-científica, thriller e universos
paralelos, definitivamente deveria dar uma chance.
Hannah Baker
cometeu suicídio e deixou 7 fitas cassete endereçadas à 13 pessoas, cada lado
das fitas revelando qual a parte delas ao fazê-la tomar essa decisão. Esse
livro sempre mexeu muito comigo desde a primeira vez que o li e esses
sentimentos sempre voltam cada vez que o leio, por isso é um dos meus
favoritos. É um daqueles livros que te faz olhar as pessoas a sua volta de
forma diferente, te faz repensar seus atos, te faz querer ajudar alguém. A vida
de Hannah virou uma bagunça quando ela teve seu primeiro beijo e vários boatos
infundados surgiram a partir daí. Como a própria Hannah diz, é o efeito bola de
neve, uma coisa não teria acontecido sem a outra. "Tudo afeta
tudo".
No quesito literário, é um livro intrigante e instigante, que lemos muito
rápido porque queremos saber todos os motivos de terem feito a vida de Hannah
descer ladeira abaixo, o que realmente a fez se matar. Já li muitos comentários
de pessoas dizendo o quanto esse livro salvou a vida delas, então, sim, esse é
um livro para pessoas que estão sofrendo como a Hannah, e esse é um livro para
as pessoas ao redor terem mais consciência dos seus atos e também prestarem
atenção naquele colega que era super pra cima e de repente teve uma mudança
brusca de comportamento. Essa mudança teve um motivo, e simplesmente ter alguém
com quem se abrir sem receios faz uma diferença enorme.
Quanto mais nós e Clay vamos
descobrindo sobre Hannah, mais desejamos que no final das contas tudo tenha
sido um mal entendido e ela ainda está viva. Também conhecemos bastante sobre
Clay, e ele me irritava em alguns momentos, mas de todos os personagens que
conhecemos ao longo da trama, ele e o Tony definitivamente mereciam o título
que tinham, o "garoto bonzinho", o garoto legal que nunca fez nada de
errado. Temos dois paralelos, uma garota que não merecia a reputação que tinha,
e um garoto que merecia a sua. A Hannah que não foi destruída pelos atos
maldosos dos outros era uma garota incrível, que poderia facilmente ser minha
amiga. A outra também, porque eu gostaria muito de poder ajudá-la.
Esse é um daqueles livros que
fica com você mesmo depois de terminar a leitura. Talvez, seja uma história que
você levará para a vida. Para mim é daqueles livros que sempre que me lembro de
alguma passagem eu já sinto meu coração apertado e uma vontade enorme de
chorar, de novo vem aquele desejo que tudo tivesse acabado de forma diferente.
SÉRIE
A série tem várias diferenças
em relação ao livro, mas todas elas funcionaram muito bem na trama, sem tirar a
essência da história, apenas adicionando detalhes importantes. Cada episódio é
dedicado a um lado das fitas, e isso possibilitou com que os personagens que
não conhecíamos muito bem nos livros, além do que a Hannah dizia sobre eles nas
fitas, fossem explorados.
Eu gostei muito de ver as
reações de todos após terem ouvido as fitas da Hannah, apesar do
"mistério" que eles estavam tentando acobertar. Muitas pessoas
reclamaram do Clay da série escutar as fitas aos poucos, mas achei isso bem
condizente com a personalidade que deram a ele na série. Você consegue ver
claramente que ele tem ansiedade, é um garoto mais retraído e que estava
ficando perturbado toda vez que ouvia uma das fitas.
Como o universo da série
expandiu mais o elenco de personagens, queria destacar aqui a mãe da Hannah,
que teve uma atuação maravilhosa da Kate Walsh durante a série inteira, e o
papel bem maior do Tony durante a trama, e ele acabou sendo um dos meus
personagens favoritos. A série tratou todos os temas abordados na história
(bullying, assédio, machismo, estupro, suicídio) de forma bem crua e visceral,
tanto que vocês já devem ter visto por toda parte (mesmo quem ainda não
assistiu) que as cenas dos estupros e do suicídio foram mostradas na íntegra,
com um aviso antes dos episódios começarem de que seria mostrado esse conteúdo.
O que tem gerado mais
discussões por aí é a cena do suicídio, alguns dizendo que "glamourizaram"
esse acontecimento, e outros que foi exatamente o oposto, e eu sou da segunda
opinião. A cena inteira mostra o quanto aquilo é feio e doloroso, eu consegui
me sentir no lugar da Hannah e foi horrível toda aquela sensação. Além de tudo,
o momento em que a mãe dela a encontra foi uma das cenas mais desoladoras e
desesperadoras que eu já vi. Então não, não acho que a série glamourizou ou
romantizou o suicídio em momento algum.
Veja abaixo o teaser da 1ª temporada de 13 Reasons Why
Gostei tanto da
trama que devorei todas as suas 450 páginas em um dia! O Ceifador tem uma
trama extremamente envolvente, com personagens carismáticos e um mundo
diferente, porém ainda assim realista.
Em um mundo utópico onde quase
não há morte ou crimes e a humanidade é comandada pela Nimbo-Cúmulo, uma
inteligência artificial que vê tudo e sabe tudo, a Ceifa foi uma organização
criada com o dever de cuidadosamente "coletar" (matar) alguns
indivíduos para controlar o aumento populacional. Apesar de os protagonistas,
Citra e Rowan, não terem escolhido fazer parte da Ceita, eles logo se encontram
no meio de muitas tramas políticas e perigos que provam que não se pode mudar
todos os seres humanos. O treinamento dos jovens é extremamente interessante e
o autor vai explicando o mundo aos pouquinhos, conforme a trama avança.
Eu me senti entretida do
início ao fim e honestamente não esperava nenhuma das reviravoltas que
aconteceu, então esse livro praticamente não teve defeitos. Citra e Rowan são pessoas
muito diferentes. Ambos ainda são adolescentes, porém Citra é uma garota com
uma família amorosa, com um forte senso de dever e parece uma daquelas pessoas
que você sabe que terá uma boa vida. A protagonista demonstra sua coragem de
diversas formas e gostei de sua honestidade e da maturidade que se desenvolveu
rapidamente.
Adorei a maneira como Rowan conseguiu transformar sua teimosia em uma de suas
maiores qualidades, e na leve confiança que ele demonstra sobre o mundo. É o
tipo de pessoa capaz de quebrar a cara diversas vezes e ainda assim acreditar
no melhor, mas não de uma maneira ingênua. Ainda, Rowan é provavelmente o
personagem que mais muda ao longo da trama, porém o autor conseguiu manter sua
essência.
Os ceifadores são incríveis! Alguns ainda nem completaram 25 anos, enquanto
outros já passaram de 200.
A maioria, entretanto, demonstra uma sabedoria que
vem com a árdua profissão de tirar vidas. Faraday, o mentor dos protagonistas,
é extremamente astuto e cria ensinamentos que conseguem ser, ao mesmo
tempo, brilhantes e enfurecedores.
É um livro que você realmente
pode ler de uma só vez, sem se cansar. Pelo contrário, vai ficar desejando
mais. Eu me interessei muito pelo mundo distópico original, pela organização
dos ceifadores e pelas intrigas políticas. Mal posso esperar pelo próximo
livro, que promete ser ainda melhor, mas um ponto forte de O Ceifador é que ele
tem um fim completo e pode ser lido como um livro único se você desejar.
Antes de dar a
minha opinião, um pequeno recado: vi muita gente criticando o livro por motivos
que não fazem sentido pra mim (apontando racismo e etc.), então nem vou entrar
nesse assunto porque não vi nada disso no livro e acho que essas pessoas estão
querendo procurar coisas para reclamar.
Agora, quanto à trama, eu gostei bastante do livro! Vou assumir que estava um
pouco cautelosa, porque li muitas críticas e o livro realmente começa bem
confuso e até meio monótono. Mas se você tiver um pouquinho de paciência,
para que a autora possa introduzir todo esse universo que ela criou, a trama
vai ficando cada vez melhor até terminar em um turbilhão de emoções e cenas
incríveis.
O livro se passa em uma galáxia fictícia, e seus habitantes tem certas
habilidades especiais, porém logo tudo isso se torna natural na trama. Você
pode esperar muitas reviravoltas, política complexa e intrigante, rebeliões
inspiradoras e, é claro, o melhor tipo de romance lento. O ritmo vai e volta,
sendo mais agitado em certos trechos e calmo em outros, mas tudo planejado para
fazer o leitor se envolver com os personagens.
Akos tem uma transformação
palpável do início ao fim do livro, indo de um garoto medroso a um homem
completo, que sempre precisa fazer o que é o certo e tentar proteger àqueles
que ama. Ele foi um bom personagem, porém não chegou aos pés de Cyra. Cyra é difícil de descrever. A garota é simplesmente incrível, possuindo uma força
emocional e perspicácia que fizeram com que eu me apaixonasse por ela. A
protagonista tinha aquela qualidade rara de sempre chamar a atenção, mesmo que
não estivesse fazendo nada de especial, e criar momentos únicos.
Gostei da maneira como a autora deu bastante espaço para as famílias dos
personagens. Cada um possuía um dom e um futuro certo, e foi interessante
observar como eles aceitavam ou tentavam lutar contra isso com todas as forças.
Ainda, alguns personagens que pareciam sem importância no início foram se
revelando e tendo papéis surpreendentes conforme a trama avançava.
Não é um livro perfeito e é
necessário ajustar as expectativas, porém foi um ótimo início e eu adorei esse
mundo novo criado pela autora e a jornada de Cyra e Akos tentando desafiar seus
destinos.
Julia é mãe de
família e fotógrafa nas horas vagas. Vive com seu marido e filho de uma forma
bem tranquila e pacata. Até a morte de sua irmã, Kate.
Ela é encontrada morta em um
beco com todos os pertences e sem nenhum sinal de abuso. Apenas um machucado
grande em sua cabeça, provavelmente, o motivo da morte. Aos poucos, entendemos
que o filho de Julia, é na verdade filho de Kate, mas não sabemos o motivo para
que ela tenha deixado a irmã adotá-lo. Só sabemos que é um assunto delicado
entre as duas, que estavam brigando muito pela guarda do garoto.
Mesmo assim, o choque da morte
da irmã é forte demais para Julia conseguir lidar. Ainda mais com o fato de que
a polícia não parece estar investigando com afinco... E é por isso que ela
decide tentar fazer sua própria investigação.
Usando as senhas de Kate, ela
descobre que a irmã tinha uma vida sexualmente ativa e impressionante. Ela
mantinha vários perfis em sites de namoro e se encontrava com alguns homens. E
se não se encontrava, tinha o hábito de fazer sexo virtual com muitos deles.
Agora, Julia estava na dúvida do que era mais chocante: descobrir essa outra
vida da irmã ou o fato de sua morte ter passado há alguns meses e ela ainda não
ter conseguido superar nenhum pouco.
Por isso, ela coloca na cabeça que um daqueles homens é o assassino de Kate.
Mesmo com a polícia investigando isso e olhando todas as contas, ela ainda acha
que vale a pena criar um perfil e conversar com alguns deles. Só para o caso de
alguém confessar alguma coisa ou falar algo que tenha a ver com a irmã.
E é ai que ela descobre uma
outra vida. Um dos homens com quem Kate falava é lindo e atencioso. Como deixar
isso lado? Aos poucos, Julia vai se entregando ao desconhecido e ao novo mundo
da internet. As coisas avançam aos poucos e quando se vê, já está presa à um
relacionamento virtual com uma pessoa que ela nunca conheceu pessoalmente...
Até ele contar que está na cidade à trabalho e que adoraria encontrá-la.
A partir disso, a vida dela se
transforma. Ela se transforma. A questão agora é se descobrir e tentar entender
o que acontecia com sua irmã. Viver uma vida que não era a sua. Só que isso
pode trazer consequências fortes para sua vida e seu filho. Sem falar das
traições e dos segredos que vem a tona conforme sua própria vida vai virando um
segredo.
O livro é dividido em cinco
partes. Preciso falar que as primeiras três são meio paradas e não acontece
muita coisa. Claro, acontece isso que eu acabei de descrever acima, mas não é
nada que te prenda loucamente. Eu até achei que a trama ia ficar só em cima
disso e acabar de um jeito bem idiota. Mas não.
Aos poucos, os problemas
começam a aparecer e eu comecei a ficar nervosa e tensa conforme lia. Em alguns
momentos achei Julia meio burra, mas isso deve acontecer com as pessoas. Acho
que como ela era muito fechada para o mundo, quando uma novidade dessa bateu em
sua porta, ela ficou fascinada e acabou esquecendo de algumas regras básicas da
vida.
Conforme as coisas foram se
esclarecendo, foi ficando ainda pior. Eu li praticamente o livro inteiro dentro
do ônibus. A mulher que estava ao meu lado, deveria estar me achando uma louca,
pois eu fechava o livro. Balançava a cabeça. Abria de novo. Continuava lendo.
Parava de novo e ficava incrédula com o que estava acontecendo. Juro, eu senti
junto com o livro e quando percebi estava totalmente imersa na estória.
O final me deu um pouco de
raiva. Não pelo que acontece, mas eu já disse aqui que odeio finais que deixam
reticencias para você pensar o que quiser. Eu quero um ponto final e uma
explicação. A explicação vem, mas o ponto final estou esperando até agora.
Agora, com tantos pontos
negativos, como eu posso ter dado quase cinco estrelas? Porque ele me pegou de
jeito. Porque é muito real. São coisas que podem acontecer com qualquer pessoa.
Claro, um pouco exagerado em algumas partes, mas acontece!
Ah, e não pensem que a trama só fica nessa parte da Julia descobrir esse novo
mundo virtual de namoros e segredos, porque o problema é bem pior e conforme as
páginas vão passando, mais problemas e rolos aparecem! No final você está
roendo as unhas para descobrir logo o que realmente aconteceu!
Eu super indico! Vale a pena
lutar com o começo do livro para chegar às partes boas.
Imagine receber
a notícia de que a sua vida e a de outras pessoas estão ameaçadas e confinadas
à morte devido a um asteroide em rota de colisão com a Terra. Esse não é um
daqueles avisos que você espera receber um dia, no entanto, foi justamente isso
que aconteceu no livro Até o Fim do Mundo, escrito pelo músico e escritor,
Tommy Wallach.
Nesta trama iremos conhecer
quatro adolescentes que viram suas vidas encurtadas diante de uma trágica
notícia: um asteroide, Ardor (ARDR-1398) como foi chamado, tem 66,6%
de chance de atingir a Terra e acabar com boa parte da vida como conhecemos. A
partir deste momento, uma busca por seus verdadeiros Eu começa, assim
como o caos nas cidades, como mortes, assaltos, incêndios criminosos, saques em
comércios, abandonos e a busca da união de familiares durante esse curto
intervalo de tempo. Porém, se não fosse esse acontecimento, eles provavelmente
jamais iriam se tornar amigos, apesar de todos estudarem na mesma escola, a
Hamilton, localizada em
Seattle. Alguns valores irão ser
colocados no chão e outro irão ser impostos na vida de todos, seja o amor, a
amizade e até mesmo o ódio, fazendo muitos repensarem as suas ações e escolhas
diante da morte. Até o Fim do Mundo foi uma
daquelas leituras que te surpreende logo nas primeiras páginas, mas ao mesmo
tempo é um daqueles livros que você mantém uma relação de amor e ódio. A trama
em si carrega um grande potencial filosófico, uma vez que, em certos momentos,
ela nos faz pensar acerca de algumas questões pertinentes do nosso cotidiano,
como a vida, a morte, os valores individuais e coletivos, dentro outras coisas.
Entretanto, muita dessa potencialidade que vi não foi totalmente aproveitada,
já que em um certo momento a história acaba adentrando um plot um
tanto quanto exaustivo e que não acrescenta em nada na experiência como leitor.
Não que isso tenha sido um ponto negativo, pois entendo a devida necessidade do
autor em mudar um pouco o tom naquele momento, assumindo assim o romance, que
aqui se fez na figura do famigerado triângulo amoroso, o que pode ou não
irritar algumas pessoas.
Ao contrário do que algumas
pessoas pensam, a ideia deste livro não é mostrar o caos em si, mas pontuar
questões simples do dia-a-dia e que podem ou não serem intensificadas diante de
uma tragédia. Desta forma, Tommy estrutura boa parte da sua história sob os
pilares de pensamentos como: tentar fazer a diferença, você pode
tomar suas próprias decisões, escolher seus caminhos e não deixar a vida
escolher para você, dentre muitos outros que nos fazem pensar sobre nós mesmos.
Apesar disso, ele ainda consegue mostrar para o leitor a dimensão do caos
instalado nas cidades, focando mais em Seattle, cidade onde a trama se passa,
expondo as situações políticas e de sobrevivência, como a racionalização de recursos
alimentícios e de combustíveis, a implantação da Lei Marcial e algumas regras a
serem seguidas pela população.
Algo que chamou bastante a
minha atenção foi o desenvolvimento dos personagens principais e alguns
secundários, que foi feito de uma forma tão rica que ficou impossível não
sentir seus dramas. Suas personalidades são extremamente contrastantes. Peter é
um atleta que passa a refletir sobre seu futuro e suas escolhas. Eliza é uma
fotógrafa excluída do meio social devido a um acontecimento envolvendo ela e
Peter, o que, juntamente com a doença do pai, deixou-a mais dura e entorpecida.
Andy, por outro lado, é uma daquelas pessoas que não ligam para o dinheiro,
fazendo o que bem entende e sendo um pouco revoltado com a vida. Anita (a que
mais gostei), cujo sonho era ser cantora e independente, vê seus sonhos sendo
quebrados pelos seus autoritários pais, principalmente seu pai que a vê como
mais um de seus investimentos, por isso ela segue a linha "certinha de
ser" e tudo que ela fez até o momento foi para dar um retorno aos
investimentos do pai.
Em Águas
Sombrias, é um thriller que vai tentar confundir sua cabeça de todas as formas.
A narrativa é feita tanto em primeira quando em terceira pessoa através
de dez personagens distintos, além dos trechos do livro que estava
sendo escrito por Nel. De início a quantidade de nomes e ligações assusta, mas
não é algo que venha a prejudicar a leitura. Ainda assim, é extremamente
desnecessário. Nos primeiros capítulos todos demonstram para o leitor que
sabiam muito mais do que estavam dispostos a contar. Aqueles que não se achavam
culpados pelo ocorrido, tinham questões mais antigas que não gostariam que
viesse a tona.
Os capítulos são curtos, alguns não passando de três páginas, o que deixou a
leitura mais dinâmica. A escrita da autora é bem gostosa de ler, mas apesar de
ter ficado curiosa para desvendar o mistério dessa morte e de outra que
aconteceu recentemente, não era algo que me consumia quando eu não podia ler.
Não li o primeiro livro da autora, mas ouvi inúmeros elogios sobre sua
narrativa, e achei a trama de A Garota no Trem muito inteligente quando
assisti. Então sim, eu esperava muito mais.
A história não é
ruim, só é fraca. A história é dividida em três partes que poderiam ser
resumidas da seguinte forma: a primeira é uma apresentação dos personagens e
suas ligações, a segunda é quando a investigação começa de forma mais efetiva e
a terceira é o desfecho da história. Vários desses personagens começam a contar
suas histórias de forma paralela, o que trás a tona o suicídio de Katie. Se
eles estão ligados ou não, é uma coisa que você precisa ler para descobrir, mas
os personagens que cercam as duas personagens se interligam.
Mesmo com tantas pessoas,
consegui identificar um protagonista. Eu realmente achei que seria Nel, mas
transferir isso para sua irmã. Em grande parte dos seus capítulos, Jules parece
estar tento uma "conversa interna" com sua irmã. Ela conta para os
leitores sobre a infância delas, mais exatamente sobre fatos que aconteceram 12
anos antes e que influenciaram diretamente na relação das duas. Os personagens
e suas tramas foram bem construidos, mais elas foi a única com quem tive tempo
de criar empatia. Aliás, o fato da autora ter aprofundado questões individuais
de alguns desses narradores, pode ter sido um dos fatores que me passou essa
sensação de que Nel não era suficiente para carregar um livro.
Se você gosta de suspense e
esta sem o que ler no momento, pegue Em águas sombrias. Será uma leitura rápida
e agradável. Caso você tenha lido outro livro da autora, segure a sua
expectativa para uma melhor experiência.
O livro
conta a história de Luce, uma garota que é mandada para um reformatório por
causa de um possível assassinato, causado por um incêndio onde tudo apontava
para ela como culpada. Desde pequena, Luce é assombrada por sombras, mas não
sabe o que fazer pra lidar com elas. No reformatório Luce conhece algumas
pessoas bem estranhas, mas a maior surpresa é o tal do Daniel Griggori, que em
um primeiro contato já é bem rude com ela. E também há Cam, um cara que a
fascina e que parece estar interessado nela.
Eu gostei
bastante das partes de romance e da pequena parte que mostra sobre os anjos em
si (demora, mas eles aparecem!). Não gostei da Luce ser tão ingênua (ou seria
idiota?) por pensar que só existe um mundo, uma vida. A história deixa muito a
desejar no quesito progressão, mas eu acho (espero, na verdade) que a causa
disso seja porque é o primeiro livro de uma trilogia, uma introdução pro que
vai acontecer nos próximos livros.
O livro está
entre bom e muito bom. Não chega a ser muito bom porque eu achei a Luce muito
dramática pra pouca coisa. E também porque ficou muita coisa em aberto como por
exemplo qual é o verdadeiro objetivo de Cam. Ele parece realmente gostar dela,
mas às vezes ele é nonsense. O Daniel é bem misterioso e achei legal as partes que
a Luce procura coisas sobre ele.