As Vantagens de Ser Invisível – Stephen Chbosky

(Foto: Divulgação)

Com uma narrativa deliciosa, autor mostra que você pode ser quem é sem medo

As Vantagens de Ser Invisível é aquele tipo de livro gostoso de ler, que te dá uma alegria, te coloca um sorriso na cara ao acompanhar os personagens. E olha que eles passam por muitos problemas, mas Stephen Chbosky tem uma escrita tão gostosa que quase nunca você fica tenso. Quase nunca.

Lemos a história pelo ponto de vista de Charlie, um garoto que está no ensino médio – o equivalente ao ensino médio nos EUA – em 1992 e toda a trama é feita como um diário que Charlie escreve para um amigo, seu “Querido amigo”. Ele é um personagem encantador, sensível, um jovem que qualquer um de nós gostaria de ter como irmão, como amigo, como namorado. Charlie, porém, tem alguns traumas, algumas coisas tristes que aconteceram na infância e na adolescência, que fizeram dele um jovem quieto, sem muitos amigos.

(Foto: Rocco Jovens Leitores)

Então, um dia, ele conhece Sam e Patrick, dois meios-irmãos mais velhos do que Charlie, e que mostram que ele pode sim ser feliz, se divertir, ouvir boas músicas – a trilha do filme que adapta o livro é de arrepiar – sem deixar de ser ele mesmo. Que ele pode mudar algum traço de personalidade de forma orgânica, porque ele quer assim e não para preencher algum padrão da sociedade. Sam e Patrick são felizes, apesar de também terem seus problemas. Patrick é gay e gosta de um menino da escola que não quer assumir que gosta dele. Sam é uma jovem que está buscando muito entrar na universidade, ela estuda bastante, mas nem sempre foi assim. Antes, ela costumava ir a festas, beber muito e se relacionar com esses caras babacas que encontramos nesses lugares. Ela, no entanto, mudou quando achou necessário. E essa é a melhor mensagem do livro. Que você pode ser quem é, ou pode mudar. É você quem sabe. É sua vida e você tem controle dela. Faça o que precisar para ser feliz.

A explicação do título acontece pelo personagem Charlie. Como alguém que fica de fora da maioria das situações, ele tem uma visão única. Ele consegue perceber momentos, ações e motivações das pessoas de uma forma muito sensível. A vantagem de ser invisível, no final das contas, é que você é capaz de ver a todos, mesmo que nem todos te vejam.

Com o tempo e o desenrolar da narrativa, aprendemos que Charlie, Patrick e Sam têm muitas camadas, muitos traços de personalidade que jamais imaginaríamos. E tudo isso é muito bom. Dessa forma, Chbosby deixa cada um deles muito real e, de verdade, da vontade de fazer parte desse trio.
Hoje, além das imagens, vou deixar vocês com a cena mais linda do mundo. Narrado no livro e apresentado no cinema, esse momento demonstra a total liberdade. Como precisamos, às vezes, nos sentirmos livres, “nem que seja por um dia”, como diz o mestre Bowie.


Obrigada por lerem mais esse resenha aqui no blog e até a próxima.

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