Os Sete - André Vianco

(Foto Divulgação)

Tem gente que não acredita em vampiros...

Os Sete é o primeiro livro que eu leio de André Vianco, e para variar, é sobre vampiros. Mas nada de vampiros bonzinhos como os que estão sendo lançados no mundo literário ultimamente. Mas também nada de tão maldosos como os vampiros de Stoker. Acho que o autor conseguiu um meio termo que me agradou.

O livro tem seus altos e baixos no começo e Tem que ter boa vontade em continuar a leitura em determinadas partes do livro, pois é meio repetitivo, mas no decorrer, a trama é mais atraente, com muito mais ação e mais suspense. 

A história se passa no sul do Brasil, onde amigos mergulhadores descobrem uma caravela portuguesa de cinco século no fundo do mar. Dentro dela, uma misteriosa caixa de prata esconde um segredo: sete cadáveres aprisionados, acusados de bruxaria.

Apesar das advertências grafadas no objeto de prata, “Nobres homens de bem, jamais ouseis profanar este túmulo maldito. Aqui estão sepultados demônios viciados no mal e aqui devem permanecer eternamente. Que o Santo Deus e o Santo Papa vos protejam”, a equipe do Departamento de História da Universidade de Porto Alegre decide violar a caixa para estudar os corpos. Afinal, que perigo poderiam oferecer aqueles sete cadáveres? Nenhum. Mas depois que o primeiro deles acorda... passam a espalhar terror no Brasil.

(Foto: Editora Aleph)

André Vianco apresenta os vampiros "Inverno", "Acordador", "Tempestade", "Lobo", "Espelho", "Gentil" e "Sétimo" que possuem poderes sobrenaturais que vão além da vida eterna, força e velocidade sobre-humana que geralmente são vistos na maioria dos filmes e livros sobre o gênero.

Eu fiquei impressionada com a ousadia do autor de escrever um livro de vampiros portugueses no Brasil. Super original e interessante. Fico imaginando como deve ser engraçado a sopa de sotaques, português arcaico e gauchês.

O protagonista é relativamente bem construído e os vampiros são interessantes, apesar das suas motivações não terem muito sentido na maior parte do tempo. Agora, todos os outros personagens são simplesmente unidimensionais. A donzela em perigo que o Tiago fica salvando o tempo inteiro é uma criatura completamente desprovida de vontade, e é arrastada o livro inteiro pra lá e pra cá como se fosse uma boneca de pano.


Entretanto, eu recomendo fortemente que se você estiver pensando em comprar este livro, que o faça. Nós precisamos de mais e mais autores de gênero ficção fantástica/científica brasileiro.

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