O Lado Bom da Vida – Matthew Quick

(Foto: Divulgação)

Você ainda pode se recuperar, mesmo depois da coisa mais difícil da sua vida. Você pode

Como o padrão de Hollywood pede, hoje temos mais um livro que se tornou uma adaptação para os cinemas. O Lado Bom da Vida, escrito por Matthew Quick, chegou aos cinemas em 2012, estrelado por Jennifer Lawrence e Bradley Cooper.

O filme é bom sim, mas o livro é melhor, infinitamente melhor. Na trama, conhecemos Pat, o narrador do livro, que está passando por um momento bem difícil: ele descobriu a traição da esposa e teve um ataque de fúria, onde agrediu o amante e teve um surto. Depois disso, ele é internado em uma clínica psiquiátrica e volta para a casa dos pais meses depois e confuso: sua mente apagou o episódio, como uma forma de defesa... Ele não lembra o que fez e ainda acredita estar casado com a ex.

Enquanto tenta reconstruir o que tinha, Pat conhece Tiffany, uma mulher que parece igualmente confusa e parece ter uma fixação por ele. O marido de Tiffany morreu há algum tempo e ela teve vários problemas psicológicos para superar isso. Sua forma de escape foi se tornar uma viciada por sexo, que transava com muitos homens, muitos canalhas, que se aproveitavam de seu estado mental frágil.

(Foto: Editora Intrínseca)

Enfim, o escopo da história é esse: dois personagens quebrados, mentalmente quebrados, que tentam reconstruir a vida. Quick escreve pelo ponto de vista de Pat, e isso nos causa uma confusão engraçada em muitos momentos. Ás vezes não entendemos as ações de determinado personagem, mas tudo vai ficando mais claro com o passar do tempo.

O autor também tem o mérito de ter criado um protagonista extremamente cativante. Pat é sensível, se preocupa com as pessoas e tem um coração enorme. Com capítulos curtos e escrito de forma fluída, o livro é gostoso de ler. Eu mesma, confesso, o li em uma tarde. Simplesmente não conseguia parar.

A trama também acerta em tratar sobre os traumas sofridos por esses personagens. É interessante que um livro fale sobre isso, porque costuma ser um assunto escondido pelas pessoas. Ninguém sai por isso dizendo que foi internado em uma clínica psiquiátrica. Ainda há receios, preconceitos, as pessoas ainda olham de forma estranha.

Mas a mensagem final de O Lado Bom da Vida é que há sim recuperação. Pat era um cara comum que, devido a um problema, surtou. Teve um momento extremo de raiva, mas isso não acabou com sua vida, seu futuro, ou com as suas possibilidades de ser feliz.

Ele sofreu, mas conseguiu reconstruir o que perdeu e se tornou mais forte depois disso. Recomento muito a leitura primeiro e que vocês assistam ao filme também. Ele deixa muita coisa de fora – como toda adaptação – mas consegue transmitir um pouco desse sentimento de esperança que o livro tem.


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